Mais continhos
Eu andava meio perdido pelas duas avenidas do centro da cidade. Poucos rostos conhecidos. Uma angústia de dar medo tomava conta do falso cenário. Para quem não conhecesse os mistérios do nosso cotidiano, a cidade poderia até aparentar certa calma. Não fosse o franco-atirador, à espreita, em cima do telhado alheio.
Cabeças
A redação do jornal já estava em pleno e estressante processo de dead-line (mania que os brasileiros têm de utilizar termos em inglês), quando chegou a notícia. A polícia havia descoberto um corpo sem cabeça no rio. Como várias pessoas andaram perdendo as cabeças nos últimos dias, seria quase impossível descobrir quem seria o infeliz, comentou um repórter distraído.