Ficção barata
Angustiado, M. Zake parou de escrever (repetir). Mergulhado na densa solidão do seu quarto e na boa companhia de João Cabral, Bandeira e Leminski, ele chegou a uma conclusão drástica: o seu cérebro estava intoxicado de versos plagiados. E a sua alma também.
Numa demonstração de que os poetas continuam nada originais, ele cortou as veias poéticas e ficou na banheira aguardando a morte.
Meses depois teve gente jurando que viu Mandrake Zake tentando vender, por antecipação, exemplares do seu último livreto de poemas.Além disto, segundo os mais íntimos, ele não possuia banheira em casa.
O suicídio teria sido pura “literatura”?
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